
Corey Taylor foi entrevistado no programa de rádio “Full Metal Jackie” recentemente, e falou um pouco sobre o novo álbum do Stone Sour, o Knotfest e o futuro do Slipknot.
Clique no player abaixo para ouvir a entrevista (em inglês) e acompanhe a tradução:
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Vamos falar sobre o Stone Sour. Um álbum duplo de conceito descrito musicalmente como o encontro entre Pink Floyd e Alice in Chains, e com uma revista em quadrinhos correspondente- isso soa como um grande e criativo empreendimento. O que fez a bola rolar?
Isso era algo em que eu estava realmente pensando quando estávamos fazendo “Audio Secrecy” e, honestamente, veio de todos os pequenos pedaços e fragmentos que nós meio que deixamos de lado depois que nós havíamos terminado com as gravações iniciais do “Audio Secrecy”. Eu tinha uma historia embrulhada na minha cabeça há um tempo, e eu apenas comecei a tentar imaginar como ela seria, especialmente nos dias de hoje quando todo mundo é tão honesto- trocadilho absolutamente intencional aí. Eu estava tipo, “Sabe de uma coisa?! Dane-se a indústria. Se eu quiser fazer algo superior e além de uma obra de arte, mas também música boa e algo que pudesse realmente disparar em cada cilindro artístico, o que seria?”, eu realmente comecei a colocar a história para fora no começo, então, obviamente, certas coisas aconteceram que realmente me levaram pra longe de algo artístico- Paul Gray morreu e então, cerca de um ano depois Roy [Mayorga, baterista do Stone Sour] teve um AVC então tudo ficou realmente confuso pra mim por um tempo. Bem no meio dos shows no Sonisphere, que nós estávamos fazendo com o Slipknot, eu estava mesmo pensando no Stone Sour por alguma razão, e foi quando eu realmente comecei a juntar um monte de pedaços. Eu coloquei a história para fora na estrada e, muitas das músicas que eu escrevi para os álbuns, escrevi na estrada. Então, na hora que eu voltei, estava impaciente para fazer algumas demos e foi daí que começou.
Olhando para trás, qual foi a parte de fazer um álbum conceitual que você estava menos preparado?
Tenho que ser honesto, eu estava muito determinado a fazer o que fosse preciso. O que eu realmente tinha que lembrar era que as letras eram uma narrativa- que é exatamente onde eu precisava focar e ter certeza que eu estava contando a história do jeito que deveria ser contada. Basicamente, as músicas são o diálogo interno para os personagens que estão na história em si, então quando você ouve a música e lê à história, você tem quase uma espécie de experiência 3D – você está lendo a história, mas você também está entendendo o que eles estão pensando. Pra mim, o real desafio foi manter a integridade daquilo e ter certeza que cada personagem teria seu pouquinho a dizer e ter seu próprio ‘pequeno momento herói’ e tudo aquilo que nós tentamos fazer musicalmente e criativamente foi uma boa reflexão – tudo aquilo reforça a história. Foi muito divertido. Quero dizer, foi muito trabalhoso, mas foi muito divertido também. Trabalhar com Dave [Bottrill, produtor], ele realmente foi capaz de tirar todo esse grande material de nós – basicamente fazendo dois álbuns no tempo que leva para se fazer um. Então, quero dizer, não foi muito trabalho; foi somente muita diversão no fim no dia.
Agora que você teve a experiência de gravar um álbum conceitual, isso abre as portas para que o Slipknot também tente um?
Talvez. [risos] eu não sei. Foi muito trabalho, se fosse um único álbum conceitual, talvez. Foi quase como tentar jogar basquete em uma trincheira – você sabe o que quer fazer e você sabe o que quer tentar fazer, mas você já está com os pés no chão. Foi como correr contra a correnteza, basicamente. O resultado final é tão satisfatório – então, talvez. Eu odeio dizer “nunca” a qualquer momento, porque quanto mais alto você anuncia seus planos, mais você faz Deus rir. Então, pra mim, é mais uma questão de esperar e ver o que acontece. Não posso dizer que fazer isso com cinco caras foi um pé no saco. Eu não sei o que diabos aconteceria com nove.
Eu preciso falar com você sobre a Knotfest, que aconteceu recentemente. Vocês estavam em Iowa, lar do Slipknot, tocando lá pela primeira vez sem Paul. Foi também a primeira apresentação de Randy [Blythe, vocalista do Lamb of God] depois de ter sido solto da prisão. O quão selvagem foi sua gama de emoções no primeiro show do Knotfest?
Foi muito louco. Eu dirigi até lá sozinho e todo o caminho lá… Primeiro de tudo, você está passando pelas emoções práticas de, ‘‘Deus, será que alguém vai estar lá?’’. É seu próprio show, mas é maior que seu próprio show. Você está tentando começar algo, você está tentando definir o cenário para algo que pode viver por alguns anos depois que você fez. A única coisa que eu estava preocupado era, ‘‘Vai ter alguém lá?’’. Então, quando eu estava dirigindo e eu vi todas as pessoas, eu imediatamente pensei, ‘‘Oh, graças a Deus’’. [risos] Randy foi a primeira pessoa que eu fui tentar encontrar quando cheguei ao show e sabendo que esse seria seu primeiro gostinho de volta. Ele estava tão animado. Eu corri e dei um grande abraço nele e nós conversamos um pouco e ele estava tipo ‘’Cara, mal posso esperar para entrar naquele palco e deixar tanta coisa ir’’. Eles fizeram um show animal. Eu estava tão orgulhoso dele e da banda por serem capazes de se reerguerem após tudo ter sido jogado em cima deles nos últimos dois meses. Eu meio que tive que colocar minha mente de volta aos negócios e basicamente percebi que isso é o começo de algo que nós estamos tentando construir. Nós queremos que o Knotfest tenha seu nome conhecido quando se trata de festivais – mais ou menos como o Ozzfest. Houve muita ansiedade da minha parte, mas ai você sobe no palco e aquele público simplesmente joga aquela positividade de volta pra você e você apenas a devora. Nós fomos além para os fãs e eu acho que Paul teria ficado orgulhoso.
Falando sobre este ter sido seu primeiro festival, você aproveitou suas experiências de todos estes festivais em que você esteve durante os anos?
Oh, sim, definitivamente. Isso foi uma das primeiras coisas que nos fez pensar em querer fazer nosso próprio festival. Nós temos sido extremamente sortudos de fazer parte de vários festivais muito bons – tudo, desde o Ozzfest aqui nos Estados Unidos até o Soundwave na Austrália, todos os maravilhosos festivais que há em toda Europa. Nós gostaríamos de dar uma volta e ir ‘‘Isso é muito legal, mas se nós vamos fazer um… ’’ e então era sério, uma conversa de 11 anos. Toda vez que nós estávamos em um festival, seria como, ‘’Sabe de uma coisa?! Isso é incrível e muito legal, mas e se nós tivermos que fazer… ’’ Então isso realmente era uma coisa que nós estivemos conversando por muito, muito tempo, e cerca de um ano atrás nós nos encontramos cercados pelas melhores pessoas nos negócios para nos ajudar a realmente alcançar isso. Uma coisa leva à outra, e então, de repente, todas as coisas que nós conversávamos são esboçadas em um pedaço de papel ou escritas em um guardanapo e todas essas ideias malucas apenas vêm correndo para a superfície. Eu só posso pegar uma pequena parte do crédito por isso. 99% do crédito de tudo o que aconteceu no Knotfest, criativamente, foi tudo Shawn Crahan, foi tudo o Clown. Dia e noite, ele colocou tanto trabalho nisso, e eu estava orgulhoso dele quando nós chegamos lá e vimos tudo aquilo fisicamente. Eu estava tão feliz de que fomos capazes de por isso pra fora. Eu dei um grande abraço nele e disse, ‘’Bom, aqui está. Se nós vamos fazer uma bagunça, é desse jeito que nós vamos fazer. ’’ Tudo foi ótimo, desde o museu do Slipknot até o fogo por toda parte. Foi insano, mas foi uma explosão. Eu fiquei realmente muito orgulhoso de fazer parte disso.

O que você pode nos dizer em termos de uma linha do tempo e o que nós podemos esperar entre as duas bandas pra você?
O Stone Sour vai dominar o próximo ano e meio a dois anos pra mim, obviamente. Nós vamos ter dois álbuns saindo. Agora estamos colocando pra fora um esboço para as histórias em quadrinhos que nós iremos lançar. Não posso te dizer a empresa, por que estamos esperando por uma grande revelação nisso, mas será muito, muito legal. Estamos recebendo toda a arte juntos, tentando acertar quantos territórios for possível, duas ou três vezes apenas para ser capaz de ter um real ciclo do álbum, fora disso, e esperançosamente ter essa liderança de algo ainda maior e melhor para aquilo. Provavelmente no próximo ano ou próximo, nós vamos começar a conversar musicalmente com o Slipknot e ver onde está. Eu sei que existem algumas demos aqui e ali, mas nada sólido. Eu tenho anotado algumas idéias, mas os próximos dois anos são apenas do Stone Sour. Haverá shows aleatórios do Slipknot aqui e ali? Provavelmente. Mas sem grandes turnês. Quanto mais coisas nós fazemos com o SLIPKNOT, mais perto nós chegamos daquele próximo passo de sermos capazes de entrar em um estúdio e nos sentirmos bem com isso. Vai ser muito difícil, mas quando chegar a hora certa, nós vamos fazer isso. Além disso, eu estou trabalhando no meu próximo livro e trabalhando nessa maldita empresa de filmes com o Shawn e só… Oh meu Deus, você acha que eu deixaria algum tempo no dia para eu dormir em algum ponto.
Você se sente desconfortável por não ter nada acontecendo? É por isso que você preenche seu tempo com 20 projetos diferentes?
Eu devo ser um daqueles caras que sim… Mas é minha única culpa. Eu tenho ideias todos os dias e, se eu não estou carregando um bloco de papel, eu estou digitando no negócio de notas do meu iPhone e é ridículo – mãos ociosas são o brinquedo do diabo, e eu não posso ser o brinquedo do diabo. Eu tenho que ser o diabo, eu tenho que ser o cara que faz tudo acontecer.
Gostei muito!!!!!!!!!!!!!!!!Ele é foda!!!!!!!
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